“Muito do que eu tenho hoje é graças ao esporte”, diz Assíria da Silva, lutadora de wrestling

Em comemoração ao dia Dia do Atleta Profissional, 10 de fevereiro, a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer), conta a história de Assíria da Silva, atleta de wrestling que faz parte do nosso programa de incentivo ao esporte o “Bolsa Atleta”, em homenagem a todos os atletas profissionais de Mato Grosso do Sul.

A Sul-Mato-Grossense, Assíria da Silva tem 22 anos e começou no wrestling em 2014 em um projeto social próximo a sua casa. Aos 13 anos, saiu de Campo Grande pela primeira vez para participar dos Jogos Escolares em João Pessoa. Outras competições importantes em sua memória foram o Mundial Gymnaside (Marrocos) e os Jogos Pan-Americanos em Cali (Colômbia), em ambos ficou em 5º lugar. 

O Bolsa Atleta, auxílio financeiro do Governo do Estado, permitiu que ela continuasse no esporte mesmo em uma idade em que teria que começar a trabalhar para ajudar sua família. O wrestling, mais conhecido como luta olímpica, consiste em duas categorias: greco-romana e estilo livre. A presença feminina se enquadra na última. Os irmãos de Assíria, Paulo André e Pedro Samuel também são medalhistas reconhecidos no estado.

No final de 2021, a atleta rompeu o ligamento cruzado anterior e teve que passar por uma cirurgia no joelho, além de alguns meses de fisioterapia. Voltou a competir em 2023, estreando na categoria Sênior (53kg), no Campeonato Brasileiro Interclubes. “Eu estava com muito medo, muito ansiosa e com bastante dúvidas se eu conseguiria realmente voltar a ser o que era antes”, frisa a atleta.

“É talentosa, sempre teve talento para a luta, sempre foi muito esforçada. Só não atingiu ainda o seu ápice como atleta porque sempre lhe faltou um pouco mais de disciplina” diz Agnaldo Santos, seu treinador desde o início de sua carreira. O espaço para aperfeiçoamento não é apenas físico, ela tem aulas de inglês entre os treinos, algo importante para quem realiza várias viagens internacionais.

Por ser um meio majoritariamente masculino teve de se adaptar em certos momentos e apesar da relutância de sua mãe, ela sempre teve apoio de seu pai assim como de seus irmãos e de Agnaldo. 

Assíria atualmente ocupa o primeiro lugar no ranking geral brasileiro, aos jovens atletas ela aconselha “A carreira de atleta não é para sempre, então enquanto houver tempo, não desista. Continue fazendo a sua parte, seja constante e trabalhe com o que você tem, mesmo que não seja muito. Dê sempre o seu melhor, pois tudo que se planta, colhe. E seu momento vai chegar. Acredite sempre em si e nas pessoas que acreditam e investem em você também, e aprenda a gostar de todo o trajeto de treinamento e não somente do resultado final”.